O país assiste, consternado, notícias sobre a trágica ruptura de mais uma barragem em Minas ocorrida no dia 25 de janeiro de 2019, a de Brumadinho.
A capitania de Minas Gerais, cuja capital era Vila Rica, hoje Ouro Preto, foi criada em 1720 com a divisão da capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Tornou-se província em 1821. Seu nome se deve às numerosas minas de ouro, prata, diamante e esmeralda. Mais tarde, tornou-se também importante fonte de extração de ferro, bauxita, manganês, urânio e outros minérios.
Sua riqueza mineral atraiu exploradores que, ao longo dos séculos, vem destruindo suas belas montanhas e contaminando seus lagos e rios. A destruição continua em marcha, sem um controle efetivo para preservar o meio ambiente.
Há centenas barragens de contenção de rejeitos de mineradoras. Várias delas, construídas de forma barata e insegura, tornaram-se verdadeiras bombas que podem causar novos desastres. Cedendo aos interesses econômicos e negligenciando o meio ambiente, essas regiões do estado poderão tornar-se cemitérios a céu aberto.
O futuro de Minas Gerais depende de decisões governamentais, ou seja, políticas, e vencer a ganância não será fácil.